terça-feira, dezembro 30, 2008

Feliz 2009!!!!!!!!!!!!!!!


Mais um Enorme - Che Guevara!!!!!

"Se você é capaz de tremer de indignação de cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos Companheiros."
Che Guevara
Para terminar o 2008 em Grande!!!!!!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Manuel de Oliveira 100 maravilhosos anos!!!!


Parabéns!!!!

Manuel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto, a 12 de Dezembro de 1908.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Serra da Estrela


Fériassssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! :o))))))))

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Dia Internacional da Luta contra a Sida

"No dia internacional da luta contra a SIDA é fundamental recordar que a SIDA continua a ser uma realidade dos nossos dias e, sobretudo, lembrar a necessidade de mudar comportamentos na nossa sociedade, tanto no que respeita a prevenção, como no que toca a discriminação silenciosa de que são vítimas os portadores desta doença.
A SIDA é uma doença do sistema imunitário causada pela infecção com o vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).
Os vírus não se conseguem multiplicar independentemente, pelo que necessitam de um hospedeiro. No interior das células humanas, este retrovírus utiliza o material genético humano (DNA) para se replicar e aumentar consideravelmente o número de partículas virais.
O HIV infecta as células de defesa do organismo humano, predominantemente os linfócitos T CD4+, que são linfócitos T auxiliares cuja função passa pela coordenação e estimulação de todo o sistema imunitário que fica, assim, afectado.
Existem cerca de 32605 pessoas infectadas com o vírus HIV em Portugal. Há 24 anos foi diagnosticado o primeiro caso de SIDA em Portugal. A SIDA mata 4 pessoas por minuto em todo o mundo.
É, sem dúvida, uma das doenças das quais mais se ouve falar... mas até que ponto a informação é correcta? Até que ponto não existem determinados mitos que prevalecem na mentalidade portuguesa?
Parece-me importante começar por distinguir um seropositivo de um indivíduo com SIDA. Um seropositivo é uma pessoa infectada com o vírus do HIV, mas não necessariamente doente. Quando o sistema imunitário destes indivíduos está muito deprimido (abaixo de determinado nível de linfócitos CD4+) ocorre um colapso do sistema imunitário, que abre o caminho a doenças oportunistas que podem levar à morte do doente. Neste caso temos um indivíduo doente com SIDA.
Nunca é demais lembrar a importância da PREVENÇÃO, mas também desmistificar algumas questões muitas vezes associadas a este problema de saúde pública.
Uma das ideias erradas fomentadas acerca da SIDA é a de que apenas afecta determinados grupos de risco (toxicodependentes, homossexuais, ...). Curioso é que esta ideia é, em parte, culpa das próprias campanhas de prevenção que, ao tentarem alertar determinados grupos para o risco de contaminação com o HIV, acabaram por levar outros a considerarem-se protegidos da mesma. Não há grupos de risco, mas sim comportamentos de risco!
Assim, neste dia simbólico é importante não esquecer que a SIDA continua a ser uma realidade e que é fundamental o desenvolvimento de uma cultura de prevenção, educando a população para os comportamentos preventivos e sensibilizando-a para a importância dos testes de rastreio e diagnóstico precoce da infecção com o vírus HIV. "

O Eterno Ary dos Santos


José Carlos Ary dos Santos
Lisboa, 7 de Dezembro de 1937 — 18 de Janeiro de 1984
"Oriundo de uma família da alta burguesia, José Carlos Ary dos Santos, conhecido no meio social e literário por Ary dos Santos, vê publicados aos 14 anos, através de familiares, alguns dos seus poemas, considerados maus pelo autor. No entanto, Ary dos Santos revelaria verdadeiramente as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. É nessa altura que vê os seus poemas serem seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett.
É então que Ary dos Santos abandona a casa da família, exercendo as mais variadas actividades para seu sustento económico, que passariam desde a venda de máquinas para pastilhas até à publicidade. Contudo, paralelamente, o poeta não cessa jamais de escrever e em 1963 dar-se-ia a sua estreia efectiva com a publicação do livro de poemas A Liturgia do Sangue (1963).
Em 1969 inicia-se na actividade política ao filiar-se no PCP, participando de forma activa nas sessões de poesia do então intitulado "canto livre perseguido".
Entretanto, concorre, sob pseudónimo, ao Festival RTP da Canção com os poemas Desfolhada (1969) e Tourada (1973), obtendo os primeiros prémios. É aliás através deste campo – o da música - que o poeta se tornaria conhecido entre o grande público.Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes e ainda um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira.
À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia fosse uma autobiografia romanceada.
O poeta morre a 18 de Janeiro de 1984. Postumamente, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na casa da Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida.
Ainda em 1984, foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguesa de Autores, da qual o autor era membro.
Em 1988, Fernando Tordo editou o disco "O Menino Ary dos Santos" com os poemas escritos por Ary dos Santos na sua infância."
Cavalo à solta
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
Bibliografia
1953 - Asas
1963 - A Liturgia do Sangue
1964 - Tempo da Lenda das Amendoeiras
1965 - Adereços, Endereços
1968 - Insofrimento In Sofrimento
1970 - Fotos-grafias
1970 - Ary por Si Próprio
1973 - Resumo
1974 - Poesia Política
1975 - Lllanto para Alfonso Sastre y Todos
1975 - As Portas que Abril Abriu
1977 - Bandeira Comunista
1979 - Ary por Ary
1979 - O Sangue das Palavras
1980 - Ary 80
1983 - Vinte Anos de Poesia
1984 - As Palavras das Cantigas
1984 - Estrada da Luz
1984 - Rua da Saudade
(Adoro acordar assim... Em Paz!!!!)

terça-feira, novembro 25, 2008

"Cântico Negro"

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí!
Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí!

José Régio

Um presente e um obrigada....

domingo, novembro 23, 2008

Serenidade.

Quando nós decidimos mudar de vida não nos damos conta que acabamos de criar uma forte resistência, porque com esta maneira de pensar construímos o oposto.
Ele, o oposto, pode vir disfarçado de várias formas, como medo, insegurança, ou para se vencer obstáculos reais ou mesmo imaginários criados por nossa mente. Uma coisa é real, mudar significa vencer vários obstáculos. Um deles é o oposto que criamos quando desejamos ser outra coisa, no momento em que descobrimos novas verdades.
Todos nós somos assim. Dentro de nossa existência tem a pessoa que gostamos e outra, aquela que precisamos vencer, domar e tornar diferente. Ambas convivendo dentro de nós. Não há um ser humano que não viva em constante conflito entre o que quer ser e o seu oposto. Também não percebemos que, quando conseguimos vencer um obstáculo, automaticamente outros aparecem.
Chegamos no planeta nus. Encontramos roupas. Não existem problemas... criamos.
Assim é a vida e é desta forma que ela precisa ser encarada. Como uma caminhada e uma escalada ao mesmo tempo.
Quanto mais forte torno a minha determinação de mudar, mais forte ficam os obstáculos. Chamo isso de LEI DA FORÇA. O importante é encontrarmos serenidade para vencer estes obstáculos. Quanto menor a serenidade, mais forte fica a Força contrária. Mais forte é o oposto.
Assim, o sentimento mais importante que precisamos desenvolver no momento em que resolvemos mudar de vida é a serenidade. Com ela forte as adversidades se tornam mais aceitáveis e facilmente transponíveis.
Importante, portanto, desculpe repetir, é sabermos que a nossa decisão de criarmos uma nova vida gera, junto com a vontade de mudar, a força do oposto. Assim, é preciso encarar com muita abnegação de que maneira iremos nos posicionar.
O oposto, é fundamental ficarmos alerta, só existe depois que criamos o novo vetor de nossa mudança. Antes ele estava ali, adormecido e sem muita importância. Nada é importante até que se preste atenção nele.
As forças contrárias às vezes são deixadas de lado pela nossa vontade e interesse de chegarmos ao novo objetivo em nossas vidas. Não se trata de negligência. Trata-se de desconhecimento desta realidade.
Algumas pessoas, as mais fortes e determinadas, conseguem superar os opostos porque pouca importância lhes dão. Outras, as pessoas tidas como mais fracas, tendem a sucumbir frente às dificuldades, simplesmente afirmando: “É, eu sabia que não iria conseguir”...Uma coisa é certa e precisa ser vivenciada. Não é fácil mudar. Primeiro precisamos descobrir como. Na seqüência, enfrentar com determinação os obstáculos. E certamente prestar atenção no oposto gerado.O reposicionamento em nossa vida exige, como afirmei antes, mais serenidade do que possamos imaginar. Mas não podemos esquecer que também teremos que vencer o “sempre foi assim”.
Autor do livro: "O Despertar da Consciência "

quinta-feira, novembro 20, 2008

Receita tipicamente Alentejana!


Lebre com feijão branco

Para 4 pessoas

1 Lebre
½ quilo de feijão branco
2 cebolas médias
4 dentes de alho
Salsa
1 colher de sopa de banha
0,5 dl de azeite
2,5 dl de vinho branco
1 folha de louro
Sal e pimenta em grão
Põe-se de molho o feijão num recipiente em separado. Parte-se a lebre em pedaços e tempera-se com cebola e alhos, a salsa picada, louro sal, pimenta e vinho. No dia seguinte, a lebre vai para o tacho acompanhada dos respectivos ingredientes. Adiciona-se então a banha e o azeite e fica tudo a estufar em lume brando. Sempre que necessário, junta-se um pouco de água. Coze-se à parte o feijão só com sal. Depois de tudo cozido, junta-se o feijão e a lebre com um pouco do caldo, onde esta estufou, e deixa-se ferver em lume brando, durante dez minutos. Pode colocar-se no prato antes de servir, umas fatias de pão alentejano já duro.

E... Deliciem-se!!!!!!!!!!

segunda-feira, novembro 17, 2008

sexta-feira, novembro 14, 2008

"VóVone"... O Natal chegou mais cedo :)

( Vone, lembra-se de Castro Verde assim? )
O Natal chegou mais cedo! :)
Hoje vou buscar a minha avó de 94 anos para passar o fim de semana conosco :)
Sem dúvida vai ser um fim de semana diferente!
Aturou-me tanto... por tantos anos e sempre muito intensos, fui tão feliz com ela!!!
Chegou a altura de retribuir e de fazê-la também um pouco feliz!
Sei que vai adorar, e nós também!
A VELHICE
"Para trás ficou uma vida activa, produtiva, geradora e criadora!
Vida que ganhou raízes e deu frutos. Para trás ficaram a adolescência, juventude, idade madura, amores, zangas, discussões e frustrações.Agora, a velhice é a visão sobre uma serena planície, sobre um vasto oceano, visão sobre os mais longínquos horizontes que não se vêem, mas que se adivinham. É um tempo de reflexão e revelação por palavras; negativos dos factos do filme da vida.A velhice já não é mais o ter de andar, o ter de trabalhar, não. A velhice é só mais um tempo de, na vida, estar e esperar, de viver, tendo mais certezas do que falta acontecer. A velhice é uma cor que vai ficando desbotada.Foi-se a firmeza da cor da juventude. Muitos sóis, muitas águas passaram e sempre mais um pouco da força e do vigor levaram.A velhice não tem princípio definido, mas começa, talvez, quando alguém nos chama avô pela primeira vez. Aí sim, rapidamente vem a constatação que já não se pode correr e acompanhar o traquino do neto ou neta.Nas vinte quatro horas do dia sobram mais horas para a cadeira, porque o corpo, então já um pouco cansado, aprecia mais o descanso de estar sentado. Já não sente nem tem tantas canseiras. É já tempo de largas conversas, muitas vezes repetidas; cenas do filme da vida, que são recordadas.
A velhice tem a ciência de teleguiar a vida dos mais novos. São realizadores que não mais participam nos seus próprios filmes, mas sabem de belos cenários, contam belas histórias e ajudam, sim, oh! se não ajudam! os netos e os mais jovens a sonhar. De velho se torna a menino! Quantos sonhos que na juventude foram eternamente adiados e são agora perseguidos para se tornarem numa realidade concreta? Chamam-lhe “hobbies”, mas entretêm ricos e pobres.
Na velhice, além do corpo, é importante alimentar o espírito, e todos as antecedentes idades sabem que a velhice é uma experiente crítica e sabedora de muitas verdades.A velhice não é um tolice! É um sótão onde se guardam lembranças de pensamentos e brincadeiras de infância e de juventude. Na velhice fazem-se poucas asneiras e ganham-se virtudes. Já não se corre na auto-estrada da vida, mas sim pela sua berma.
A velhice sabe que quem corre pela pista da vida chega sempre ao fim da corrida. Depois, vem o tempo de longas conversa, sem pressas.
Afinal, a velhice não é uma chatice! "
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Retirado do Blog "Figas de Saint Pierre de La Buraque"

quarta-feira, novembro 12, 2008

Hoje está... Lua Cheia!!!!!!!!!!

Mesmo que a vida nos obrigue a seguir caminhos diferentes, que os sonhos caíam por terra, conforta-me olhar a Lua Cheia e saber que em qualquer parte, de qualquer janela, a Lua será sempre em comum.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Dia de São Martinho!

Lenda de São Martinho
"Martinho nasceu no ano de 316, em Sabária ( actual Hungria ). O seu pai era soldado do exército romano e deu-lhe uma educação cristã. Aos 15 anos Martinho foi para Itália e alistou-se no exército Romano, tornando-se mais tarde num general rico e poderoso.
Um dia de regresso a casa, cavalgava debaixo de forte tormenta. A chuva e o granizo caíam copiosamente, o vento, furioso, uivava e o frio parecia esmagar os ossos... Numa curva do caminho, deparou com um mendigo que, quase nu, se confundia com os troncos mirrados e enegrecidos da beira da estrada. Este, estendia um braço descarnado em busca de algum auxílio que o salvasse de uma morte certa.
O general, de coração apertado por tamanha desgraça, apeou-se do cavalo e passou a sua mão carinhosamente pela do pobre. Em seguida, desprendeu a espessa e quente capa que o protegia e, com um golpe seguro de espada, dividiu-a em duas partes. Estendeu uma das metades ao mendigo e agasalhou-se o melhor que pode com a restante...
Apesar de mal agasalhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu caminho, cheio de felicidade... Então, o bom Deus , ao presenciar este gesto, fez desaparecer a tempestade. O céu ficou límpido e surgiu um sol de estio, cheio de luz e calor. Nos três dias que ainda durou a viagem, um Sol radioso acompanhou o general .
É assim que todos os anos, em Novembro, somos presenteados com, pelo menos, três magníficos dias de Sol , para que a memória dos homens, tantas vezes curta não se esqueça do desinteresse do gesto que salvou a vida ao mendigo. - É o Verão de S. Martinho."

Feliz Dia de São Martinho com muitas castanhas e... Água Pé!!! :-)

domingo, novembro 09, 2008

Sorria!


Ei!
Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva!
Tente!
A vida não passa de uma tentativa.
Ei!
Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite!
A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda!
Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei!
Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei!
Não corra.
Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você.
Sonhe!
Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite!
Espere!
Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore!
Lute!
Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei!
Ouça...
Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba...
Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir.
Ei!
Descubra!
Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei!
Você...
Não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que...
Te adoro, simplesmente porque você existe.

Charles Chaplin

Grande Zeca!!!

Vejam bem que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão

Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar.

"Venham Ver"
Zeca Afonso
(Há muitos dias em que acordo assim... acordo em Paz!)

terça-feira, novembro 04, 2008

Para sempre...


"All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you."

The Story
Brandi Carlile


segunda-feira, novembro 03, 2008

Quanta água tem uma lágrima?



"Quero fazer o elogio do amor puro.

Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante
psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores.
O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também. "
Miguel Esteves Cardoso

sexta-feira, outubro 31, 2008

Adeus Selva.... Olá chapárros!!!!!!!!!!

Aljustrel (Vila Mineira) - Baixo Alentejo
"Ermida de Nossa Senhora do Castelo"
Esta é a magnifica paisagem com que vou acordar este fim de semana!!!!!
Onde aprendi o significado das palavras "Liberdade, Lealdade, e Amizade"
De onde tantas vezes vi nascer o Sol, (a curar algumas ressacas) no meio de amigos, gargalhadas, sonhos , alegria e muita esperança nas pessoas... (sim... as vezes ainda acredito no Pai Natal...)
Onde aprendi a Amar o Alentejo e a deliciar-me a ouvir "O Palma"!
Espero que passem um fim de semana tão bom quanto o meu vai ser!!!
Bommmmmmmmm Fimmmmmmm de semanaaaaaaa para todas/os!

"O Palma" - Mais um Sábio!


Final da digressão de Voo Nocturno, no Campo Pequeno a 14 de Novembro com o "Último Metro"

"Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste um convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor
Pois é... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."
Deixa-me rir
Tu nunca ascultaste esse engenho
De que falas com tanto aprezo
Desse curioso alambique
Onde são descolados
Noite e dia o choro e o riso
Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante
Pois é ... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."


"A guitarra a tiracolo"
"O Palma é do tempo da guitarra a tiracolo e do estojo franqueado na estação do metro.
A música pop anglo-saxónica estava em vias de influenciar o planeta e acelerar rumo à sua própria irrelevância. Depois de trucidadas pelo vídeo, as canções volatilizaram-se nos vários suportes que a indústria, na última década, não se cansou de inventar. Hoje servem para sincronizar em telenovelas e publicidade ou para toques de telemóvel.
O Jorge, porém, manteve-se imperturbável e continuou a fazê-las na sua língua mãe.
Ainda hoje pode abrir o estojo e tocá-las numa plataforma do metro com a mesma verdade com que as toca no palco do CCB.
Nele, as canções conservam a substância sonhadora e os fãs cantam-nas como aconchegantes salmos da vida urbana. Não sabem explicar porquê, mas sentem que o Jorge Palma é um espírito errante, um dos últimos apóstolos dum evangelho pop apócrifo que já teve um perfume redentor e que agora é apenas mais um respeitável produto de mercado. No fundo, o Jorge continua a trazer a guitarra a tiracolo, e os inveterados crentes da música popular urbana sempre amaram mais os que caminham com a guitarra a tiracolo entre as luzes da ribalta. "

By: Carlos Tê

quinta-feira, outubro 30, 2008

Hoje a cor da ESPERANÇA é o ROSA!


Dia Internacional da Luta Contra o Cancro da Mama

Hoje não posso deixar de prestar aqui uma homenagem a TODOS os que sofrem e lutam contra o cancro da mama.
Digo TODOS para que não fiquem esquecidos os homens que directa ou indirectamente estão envolvidos nesta luta.
Hoje a cor da ESPERANÇA é o ROSA.

E passou-se quase sem se dar por ele...
Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 9% das mulheres vai sofrer de cancro da mama um dia.
Morrem em média 400 000 de mulheres por ano em todo o mundo com cancro da mama.
No entanto se for detectado a tempo pode ser curável em cerca de 90% dos casos.
Embora se fale quase sempre da mulher, também há homens que têm cancro da mama.
Quatro em cada 10 mulheres portuguesas não fazem qualquer rastreio ao cancro da mama e apenas porque não estão inscritas nos centros de saúde.
Esta é uma das conclusões dum estudo, intitulado "Diagnóstico Precoce do Cancro da Mama:valorização e práticas de diagnóstico", feito pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, Associação Laço e Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS).
Segundo a SPS, em Portugal surgem anualmente cerca de quatro mil novos casos de cancro da mama, cujo Dia Nacional de Prevenção se assinala a 30 de Outubro.
Destes novos casos, 1.500 acabam por resultar na morte das doentes.

http://www.roche.pt/her2/acerca/

terça-feira, outubro 28, 2008

Saudades...

Escultura de John De Andrea (Museu Colecção Berardo)

(Um presente... com Amor.)

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos e vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados e doridos

Sorri e vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz!

Charles Chaplin

segunda-feira, outubro 27, 2008

Xutos & Pontapés!!!


Não é facil escolher uma, entre tantas, que vão ficar para sempre guardadas na Alma e no coração!!!!!

Mas nao acaba por aqui...

Senhoras e Senhores...
Aquiiiiiiiiiiiii Xutos & Pontapés!!!!!!!!!!!!!
"Pendulo"

"Ele há coisas a acabar
Mas há tantas a começar
Ficar atento
Saber usar
Saber dar tempo
Tempo que não há p'ra dar
Ter ideias e sentir
Estar atento ao que vai vir
Se não perder a esperança
se souber aguentar
Se não perder
Serei eu capaz de dar
Só sei que amar é querer-me a mim
E querer-me a mim dá-me o poder
De inventar, de conseguir
Atravessar um grande rio
Entre o voltar e o partir
Estranha vontade de Amar!"

São os MAIORES!!!!!!!!!!!!!!

(Para já e como ainda não sei inserir videos "nesta coisa" fica só a letra, mas prometo que vou esforçar-me.)

domingo, outubro 26, 2008

Igreja de São João de Alporão - Santarém

Dá vontade de voltar uns séculos no tempo, não vos parece?


A ''Igreja de São João de Alporão'' localiza-se na freguesia de Marvila, cidade de Santarém.
Encontra-se junto à "Torre das Cabaças", em pleno centro histórico da cidade, constituindo um dos seus monumentos mais emblemáticos.
Este templo, provavelmente um dos melhores exemplares da arte românica no sul do país, data do século XII, tendo pertencido à "Ordem dos Hospitalários".
Foi profanado no século XIX, albergando actualmente o núcleo de arqueologia do Museu Municipal de Santarém.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.

História
Nos séculos XIII, XIV e XIV, a igreja integrava um complexo monacal situado junto do Castelo de Santarém, porta de Alpram ou de Alporão, que se denominava "Mosteiro de São João do Hospital", pelo que se pensa que uma das funções do templo junto à porta teria sido a de proteger o acesso militar à cidade pelo lado nascente e vigiar a entrada de judeus na cidade.
Do primitivo conjunto conventual, restam, junto à fachada sul, alguns vestígios de um claustro e de casas de um pequeno cenóbio.
A fundação deste templo deve-se, de facto, à "Ordem dos Hospitalários"/"Ordem de São João do Hospital", cuja fixação na então vila se deu entre 1159 e 1185.
O período exacto de construção da igreja é desconhecido, apesar de não restarem dúvidas de que ocorreu nas últimas décadas do século XII.
A campanha artística continuou para além da construção, facto que explica a forte presença de elementos característicos do Gótico em Portugal.
A igreja era inicialmente ladeada por uma pesada torre românica circular, que flanqueava a fachada lateral a norte e que reforçava o carácter fortificado do conjunto.
Esta torre foi demolida em 1785 para permitir a passagem do coche real de
"D.Maria I de Portugal, numa visita efectuada por esta soberana à então Vila Escalabitana.
Com a "extinção das ordens religiosas masculinas", em 1834, a igreja foi profanada e passou a servir de teatro, até que, em 1877, aqui foi instalado o Museu Distrital de Santarém, antecedente do actual núcleo museológico.

Características:
A igreja de São João de Alporão constitui um caso único na arquitectura medieval portuguesa, constituindo um produto híbrido no qual coexistem soluções românicas e outras já nitidamente góticas, característica que confere a este templo um estatuto ímpar no panorama arquitectónico de Santarém e até do país.
O espólio do museu é constituído por peças arqueológicas provenientes dos templos e conventos profanados ou destruídos na antiga vila.
Destas peças, destacam-se várias lápides sepulcrais e mausoléus, nomeadamente o túmulo de
"D. Duarte de Menezes", proveniente do "Convento de São Francisco", e constituído por um arcossólio de pedraria magnificamente lavrada.
Sobre a tampa, encontra-se a estátua jacente, encimada por uma arquitetura flamejante.
A igreja alberga ainda os túmulos de "João e Martim de Ocem", provenientes do já desaparecido Convento de São Domingos, e que datam da primeira metade do século XV.
A arca tumular de "Martim Chichorro", filho bastardo de "Afonso III de Portugal" foi transferida do "Convento de Santa Clara" (Santarém), e é decorada nas testeiras com relevos naturalistas, com o ''Calvário'' e com uma ''Virgem com o Menino'', abrigados sob arcos trilobados.
O espólio deste museu inclui ainda capitéis árabes, fragmentos cerâmicos, portais e fragmentos de janelas, bem como diversas pedras brasonadas.

(Obrigada pelo passeio ;) )

quinta-feira, outubro 23, 2008

"Navalha na carne"


Aconselho-vos vivamente a ver esta peça!!!!

Sinopse:

«A peça pode ser vista como uma metáfora aos mecanismos de luta pelo poder, uma vez que as personagens, embora do mesmo estrato social, se dedicam a uma contínua disputa pelo domínio, sobre o outro.
Da sedução à humilhação, da aliança provisória à ira generalizada, as personagens Vado, Neuza Sueli e Veludo nunca chegam a cogitar a possibilidade de unir forças para uma luta contra aquilo que a todos oprime e que a todos afecta.

Cláudia Semedo, Diogo Mesquita e Tiago Fernandes apresentam o resultado de um extenso trabalho de pesquisa com o objectivo de encarnar estas personagens da forma mais fiel possível: uma prostituta, um chulo e o empregado homossexual da pensão em que a acção se desenrola.»

Está em exibição até ao mês de Novembro no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, mesmo no Centro de Algés, e o bilhete custa 10 €.

terça-feira, outubro 21, 2008

A chuva bate na janela...

Barco Negro


De manhã temendo que me achasses feia
Acordei tremendo deitada na areia
Mas logo os teus olhos disseram que não
E o Sol penetrou no meu coração
Mas logo os teus olhos disseram que não.
E o Sol penetrou no meu coração

Vi depois numa rocha uma cruz
e o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando entre as velas ja soltas
Dizem as velhas da praia que não voltas
São loucas... são loucas!

Eu sei meu amor que nem chegaste a partir pois tudo em
meu redor me diz que estás sempre comigo.
Eu sei meu amor que nem chegaste a partir pois tudo em
meu redor me diz que estás sempre comigo.

No vento que lança a areia nos vidros
Na água que canta, no fogo mortiço
No calor do leito, nos barcos vazios
Dentro do meu peito estás sempe comigo
No calor do leito, nos barcos vazios
Dentro do meu peito estás sempe comigo

Eu sei meu amor que nem chegaste a partir pois tudo em
meu redor me diz que estás sempre comigo.
Eu sei meu amor que nem chegaste a partir pois tudo em
meu redor me diz que estás sempre.... comigo."


Letra de David Mourão Ferreira
Cantada por Amália Rodrigues

Quando estou triste, sabe-se lá porque, mas dá-me para cantar esta música!
(canto mal sim... mas é com Alma!)

Adoro!!!!!!!!!!!!!!

domingo, outubro 19, 2008

Amigas


Gargalhadas...

Embriaguem-se!

É preciso estar sempre embriagado.
Aí está: eis a única questão.
Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se!
Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Baudelaire

Ou mesmo de noites inteiras de gargalhadas! :)

Adoro-as "nhas" lindas!

Obrigada por existerem!

quarta-feira, outubro 15, 2008

Nostalgia.


"Quem inventou a distância não sabe o quanto dói uma saudade.
Saudade é tudo o que fica de quem não pode ficar.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena. Saudade é não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos.Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

(Exupery)

terça-feira, outubro 14, 2008

Eu também estou aqui, Meu Amor!!!!


Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinha, ao lado...Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer: Acho que você está errada mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor!
E estou Aqui!

William shakespeare

Mundo ao contrário...


segunda-feira, outubro 13, 2008

Hoje está...


Gaivota


"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração."

Alexandre O'Neill

Viagem...


"Algum tempo atrás li um livro que comparava a vida com uma viagem de comboio.
Uma leitura extremamente interessante, quando é bem interpretada…
A vida não é mais do que uma viagem de comboio: Repleto de embarques e desembarques, salpicado por acidentes, surpresas agradáveis em algumas estações e profundas tristezas noutras.
Ao nascer, subimos para o comboio e encontramo-nos com algumas pessoas que acreditamos que estarão sempre connosco nesta viagem: os nossos PAIS.
Lamentavelmente, a verdade é outra.
Eles sairão em alguma estação, deixando-nos órfãos do seu carinho, amizade e da sua companhia insubstituível.
Apesar disto, nada impede que entrem outras pessoas que serão muito especiais para nós. Chegam os nossos irmãos, amigos e esses maravilhosos amores.
De entre as pessoas que apanham este comboio, também haverá quem o faça como um simples passeio. Outros, só encontrarão tristeza nessa viagem…
E outros também, que circulando pelo comboio, estarão sempre prontos para ajudar quem precisa.
Muitos, quando descem do comboio, deixam uma permanente saudade…
Outros passam tão despercebidos que nem reparamos que desocuparam o lugar.
Às vezes, é curioso constatar que alguns passageiros, que nos são muito queridos, se instalam noutras carruagens, diferentes da nossa.
Assim, temos de fazer o trajecto separados deles.
Mas, nada nos impede que, durante a viagem, percorramos a nossa carruagem com alguma dificuldade e cheguemos até eles…
Mas, lamentavelmente, já não nos poderemos sentar ao seu lado, pois estará outra pessoa a ocupar o lugar.
Não importa. A viagem faz-se deste modo: cheio de desafios, sonhos, fantasias, esperas e despedidas… mas nunca de retornos.
Então, façamos esta viagem da melhor maneira possível…
Tratemos de nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um, o melhor deles.
Recordemos sempre que em algum ponto do trajecto, eles poderão hesitar ou vacilar e, provavelmente, vamos precisar de os entender…
Como nós também vacilamos muitas vezes, sempre haverá alguém que nos compreenda.
No fim, o grande mistério é que nunca saberemos em que estação vamos sair, nem, muito menos, onde sairão os nossos companheiros, nem sequer, aquele que está sentado ao nosso lado. Fico a pensar se, quando sair do comboio, sentirei nostalgia… Acredito que sim.
Separar-me de alguns amigos com quem fiz a viagem, será doloroso.
Deixar que os meus filhos sigam sozinhos, será muito triste.
Mas agarro-me à esperança que, em algum momento, chegarei à estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.
O que me fará feliz, será pensar que colaborei para que a sua bagagem crescesse e se tornasse valiosa.
Meus amigos, façamos com que a nossa estadia neste comboio seja tranquila e que tenha valido a pena.
Esforcemo-nos para que, quando chegue o momento de desembarcar, o nosso lugar vazio deixe saudades e umas lindas recordações para todos os que continuam a viagem.
Para ti, que és parte deste comboio, desejo-te uma…
… Viagem Feliz… !!!!!"

By "Poeta da noite"

'O primeiro dia' - Sergio Godinho


"A principio é simples, anda-se sózinho

passa-se nas ruas bem devagarinho

está-se bem no silêncio e no borborinho

bebe-se as certezas num copo de vinho

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo

dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo

diz-se do passado, que está moribundo

bebe-se o alento num copo sem fundo

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito

entra-se cansado e sai-se refeitol

uta-se por tudo o que se leva a peito

bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja

Olha-se para dentro e já pouco sobeja

pede-se o descanso, por curto que seja

apagam-se dúvidas num mar de cerveja

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio

enfrenta-se a vida de fio a pavio

navega-se sem mar, sem vela ou navio

bebe-se a coragem até dum copo vazio

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa

e outra maré cheia virá da maré vazia

nasce um novo dia e no braço outra asa

brinda-se aos amores com o vinho da casa

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida."

domingo, outubro 12, 2008

As minhas origens.

Alentejo da minha Alma!!!
Quem sou eu...
Uma Alma voadora, que adorava ser uma gaivota.
Sonhadora e que ainda acredita nas pessoas.
Por isso que sofre, e se desilude, que caí e que a muito custo se levanta.
Que ainda chora a ver filmes de amor e que devora livros.
Amiga, verdadeira, leal, sensivel e com muitoooooooooo mau feitio ;)
Adoro dar umas boas gargalhadas e ver a lua cheia.
Acordar com um nascer do sol maravilhoso e amar a vida!
Sinto paz a ver o mar e adoro o cheiro do Alentejo no inverno!
Não vivo sem música.
Sou leal as pessoas que amo.
Mais... se tiver tempo, vão conhecer-me melhor.
Estou a gostar desta "coisa" da Blogosfera!

"A Soberania da Alma"

"A alma sabe que as verdadeiras riquezas não se encontram onde nós as amontoamos: é a alma que nós devemos encher, não o cofre! Àquela devemos nós conceder o domínio sobre tudo, atribuir a posse da natureza inteira de modo a que os seus limites coincidam com o oriente e o ocaso, a que a alma, identicamente aos deuses, tudo possua, olhando soberanamente do alto os ricos e as suas riquezas - esses ricos a quem menos alegria proporciona o que têm do que tristeza lhes dá o que aos outros pertence! Quando se eleva a tais alturas, a alma passa a cuidar do corpo (esse mal necessário!), não como amigo fiel, mas apenas como tutor, sem se submeter à vontade de quem está sob sua tutela.
Ninguém pode simultaneamente ser livre e escravo do corpo: para já não falar de outras tiranias que o excessivo cuidado com ele nos impõe, a soberania do corpo tem exigências que são autênticos caprichos. A alma desprende-se dele ora com serenidade, ora de firme propósito - busca a sua saída sem se importar com a sorte dessa pobre coisa que para aí fica! Nós não ligamos importância aos pêlos da barba ou aos cabelos que acabámos de cortar; do mesmo modo, à nossa alma divina, ao preparar-se para abandonar o corpo, de nada importa a sorte dada ao seu invólucro - se o fogo o consome, se a terra o cobre ou as feras o despedaçam; para ela, isso tem tanta importância como para o recém-nascido a placenta."


Séneca, in "Cartas a Lucílio"

Alma Voadora