Final da digressão de Voo Nocturno, no Campo Pequeno a 14 de Novembro com o "Último Metro"
"Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste um convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor
Pois é... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."
Deixa-me rir
Tu nunca ascultaste esse engenho
De que falas com tanto aprezo
Desse curioso alambique
Onde são descolados
Noite e dia o choro e o riso
Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante
Pois é ... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste um convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor
Pois é... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."
Deixa-me rir
Tu nunca ascultaste esse engenho
De que falas com tanto aprezo
Desse curioso alambique
Onde são descolados
Noite e dia o choro e o riso
Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante
Pois é ... pois é...
Há quem viva escondido
A vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer: "Segunda-feira..."
"A guitarra a tiracolo"
"O Palma é do tempo da guitarra a tiracolo e do estojo franqueado na estação do metro.
A música pop anglo-saxónica estava em vias de influenciar o planeta e acelerar rumo à sua própria irrelevância. Depois de trucidadas pelo vídeo, as canções volatilizaram-se nos vários suportes que a indústria, na última década, não se cansou de inventar. Hoje servem para sincronizar em telenovelas e publicidade ou para toques de telemóvel.
O Jorge, porém, manteve-se imperturbável e continuou a fazê-las na sua língua mãe.
Ainda hoje pode abrir o estojo e tocá-las numa plataforma do metro com a mesma verdade com que as toca no palco do CCB.
Nele, as canções conservam a substância sonhadora e os fãs cantam-nas como aconchegantes salmos da vida urbana. Não sabem explicar porquê, mas sentem que o Jorge Palma é um espírito errante, um dos últimos apóstolos dum evangelho pop apócrifo que já teve um perfume redentor e que agora é apenas mais um respeitável produto de mercado. No fundo, o Jorge continua a trazer a guitarra a tiracolo, e os inveterados crentes da música popular urbana sempre amaram mais os que caminham com a guitarra a tiracolo entre as luzes da ribalta. "
By: Carlos Tê
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